UM ESTUDO À DISTÂNCIA E INDIVIDUALIZADO

A Bússola proporcionará ajuda multimédia aos estudantes do 3º ciclo e do ensino secundário que, por opção (ensino doméstico), ou por problemas de saúde, não frequentam a escola.


Possibilitará um canal de transmissão direto entre o professor e o aluno.


Forma de funcionamento:


1º. O aluno ou o Encarregado de Educação deverão enviar um email para geografiaemcasa@gmail.com manifestando vontade de aderir a este projeto.

2º. Em resposta receberão um convite para partilhar uma pasta de Dropbox onde será colocado, ao longo do ano letivo e, à medida da evolução de cada aluno, o material que servirá de apoio ao estudo da disciplina de Geografia.

3º. A evolução do aluno será verificada através de questionários apropriados. As dúvidas que forem surgindo, ou algum esclarecimento extra, serão resolvidos via email.

4º. Este projeto é gratuito.


Porquê um blog?


Porque é um espaço facilmente acessível, cuja estrutura permitirá por um lado dar a conhecer o projeto e permitir o encaminhamento dos alunos, mas também disponibilizar curiosidades geográficas que pretendem dar a conhecer particularidades do Mundo em que vivemos e que podem, de algum modo, enriquecer culturalmente os jovens e satisfazer a sua curiosidade.

20/10/2014

INTERFERÊNCIAS SOCIAIS, ECONÓMICAS E POLÍTICAS NA CARTOGRAFIA

À curiosidade que sempre despertou no Homem o conhecimento da superfície da Terra correspondeu, simultaneamente, a vontade de a representar. Das placas de argila sumérias até aos mapas atuais foi longo o caminho trilhado: os papiros egípcios, os “planisférios” de Eratóstenes, Anaximandro e Ptolomeu, os mapas T no O da cristandade medieval, os Portulanos dos Descobrimentos, as cartas da Revolução Industrial e os mapas atuais elaborados à custa de técnicas cartográficas de “última geração” são só alguns dos exemplos. Indonésios, Esquimós, Astecas e Chineses também deram cartas neste assunto, em tempos muito remotos.
Ao “conjunto dos estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que intervêm na elaboração dos mapas a partir dos resultados das observações diretas ou da exploração da documentação, bem como da sua utilização”*, dá-se o nome de Cartografia. Foi um português, Manuel Francisco Carvalhosa, 2.º Visconde de Santarém que, em 1839, utilizou este termo pela primeira vez.
A tecnologia existente em cada época condicionava não só o material e o aspeto que apresentavam os mapas, como também a informação que continham. No entanto, fatores alheios ao avanço tecnológico interferiam muitas vezes no trabalho final, como pode ser observado na sequência das imagens seguintes:


Anaximandro (610-546/7 a.C.)


Eratóstenes (276-194 a. C)


Ptolomeu (90-168 d.C.)



Isidoro de Sevilha (560-636 d. C.)


Os Descobrimentos e a Revolução Industrial foram responsáveis por um salto qualitativo da Cartografia. A necessidade de se saber por onde se andava, aliada à localização das desejadas “riquezas” dos continentes africano, americano e asiático, obrigavam a um estudo mais consistente da superfície do planeta e, consequentemente, a uma representação mais fiel das áreas em análise.
Para alguns regimes políticos, no entanto, a cartografia era uma espada de dois gumes: durante o Estado Novo, em Portugal, a cartografia era importante para veicular a ideia da grandeza da Nação, estando presentes em todas as escolas os mapas físicos e económicos do Continente e Províncias Ultramarinas mas, os mapas de grande escala dos mesmos territórios, só eram vendidos contra a apresentação e registo do Bilhete de Identidade, bem como da declaração do efeito a que se destinavam. O conhecimento pormenorizado do território, nas mãos erradas, podia ser problemático.

* Associação Cartográfica Internacional (ACI)




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