UM ESTUDO À DISTÂNCIA E INDIVIDUALIZADO

A Bússola proporcionará ajuda multimédia aos estudantes do 3º ciclo e do ensino secundário que, por opção (ensino doméstico), ou por problemas de saúde, não frequentam a escola.


Possibilitará um canal de transmissão direto entre o professor e o aluno.


Forma de funcionamento:


1º. O aluno ou o Encarregado de Educação deverão enviar um email para geografiaemcasa@gmail.com manifestando vontade de aderir a este projeto.

2º. Em resposta receberão um convite para partilhar uma pasta de Dropbox onde será colocado, ao longo do ano letivo e, à medida da evolução de cada aluno, o material que servirá de apoio ao estudo da disciplina de Geografia.

3º. A evolução do aluno será verificada através de questionários apropriados. As dúvidas que forem surgindo, ou algum esclarecimento extra, serão resolvidos via email.

4º. Este projeto é gratuito.


Porquê um blog?


Porque é um espaço facilmente acessível, cuja estrutura permitirá por um lado dar a conhecer o projeto e permitir o encaminhamento dos alunos, mas também disponibilizar curiosidades geográficas que pretendem dar a conhecer particularidades do Mundo em que vivemos e que podem, de algum modo, enriquecer culturalmente os jovens e satisfazer a sua curiosidade.

30/07/2015

MAIS UM…



             
              A 9 de novembro de 1989, o Mundo rejubilou com a queda do Muro de Berlim que, desde 1961, separava famílias, amigos e desconhecidos, numa Berlim dividida por motivos político-ideológicos. Com o gesto simbólico de centenas de pessoas a destruir o Muro, perante a passividade dos guardas armados, terminava uma época iniciada no final da II Grande Guerra, que assentava na partilha hegemónica entre duas potências rivais. Chamavam-lhe o “Muro da Vergonha”! Muita tinta correu entre 1961 e 1989 e após esta última data, sobre o dito Muro: filmes, livros, reportagens, testemunhos e recuerdos não deixam o Mundo esquecê-lo. No entanto, antes e depois dele, novos Muros foram sendo construídos, all around the World, sem que tivessem ou tenham a notoriedade que este alcançou. Os motivos alegados para a sua construção são diversos: políticos, religiosos, de defesa, de proteção contra contrabando e, mais recentemente, para limitar a imigração.
              Sem dúvida que a vida é mais “fácil” nuns locais, do que noutros. A sucessão de acontecimentos que constitui a História de cada local ditou essas realidades. É humano ambicionar viver nos lugares onde a vida é mais “fácil”. E é desumano impedir que o consigam.
              As imagens reais ou ficcionadas acessíveis a cada vez mais gente; o confronto entre o modo de vida do lugar onde cada um vive, com aquele que existe noutros países; a facilidade de movimentação dos dias de hoje e a falta de escrúpulos de muitos escroques, que pululam por todo o lado, promove a deslocação em massa de pessoas, em meios de transporte precários e em condições deploráveis, em busca do “Eldorado”. O que preocupa os políticos dos países recetores é o que fazer a toda aquela gente. Hipocritamente, a perda de vidas humanas é a face visível que leva esses políticos a sentirem-se pressionados a resolver o problema. E a solução é fazer mais um Muro.
              Estados Unidos/México, Israel/Cisjordânia, Marrocos/Sahara Ocidental, Grécia/Turquia, Coreia do Norte/Coreia do Sul, Chipre, Ceuta, Melilla, Hungria, … já todos têm Muros. E não são melhores que os Muros dos Guetos de Varsóvia, Lodz, Lviv, Minsk, Cracóvia ou mesmo daqueles que delimitavam qualquer dos conhecidos campos de concentração e extermínio, criados pelo regime Nazi Alemão.
              Frustrada a tentativa de funcionamento de uma Sociedade das Nações, foi preciso passar por uma segunda Guerra Mundial para que surgisse a Organização das Nações Unidas. A sua Carta, muito meritória, proclama a defesa dos Direitos Fundamentais do Ser Humano, o garante da Paz Mundial, a busca de mecanismos que promovam o Progresso Social das Nações e a criação de condições que mantenham a Justiça e o Direito Internacional. A estrutura da ONU é complexa e o seu modo de funcionamento ainda mais. No entanto, é sua obrigação tomar estes assuntos a seu cargo. Há anos que fazem, desfazem e mantêm centros de refugiados que albergam milhões de pessoas fugidas, na maioria das vezes, de guerras fratricidas. ONDE ESTÁ O GARANTE DA PAZ MUNDIAL?
Os seus Embaixadores da Boa Vontade visitam e dão visibilidade aos diversos problemas sociais, culturais, económicos, … ONDE ESTÃO OS MECANISMOS QUE POSSAM PROMOVER O PROGRESSO SOCIAL DAS NAÇÕES E DEFENDER OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO SER HUMANO?
O que fazem os milhares de funcionários engravatados que se passeiam pelos diversos edifícios que a Organização possui espalhados pelo Mundo?
Ainda ninguém pensou que a solução para o problema dos imigrantes/refugiados passa pela melhoria das condições de vida no país de origem? É difícil? Ninguém diz que é fácil. MAS PENSEM. PENSEM E ARRANJEM SOLUÇÕES. É para isso que existem e que recebem um ordenado. Não é para andarem a correr Mundo a fazer conferências. De conversas está o Mundo cheio.
Não entreguem de mão beijada os fundos de apoio aos ditadores, corruptos e racistas, que só mantêm o poder à custa as armas e do medo. Vão ao terreno, apoiem diretamente o povo, tratem-nos, formem-nos, ensinem-nos a produzir. Mais tarde ou mais cedo serão cidadãos interventivos e reivindicativos, não querendo viver de esmolas, mas do seu trabalho. Acreditem nas pessoas e ajudem-nos a libertar-se das elites que os governam.
Mas não podemos imiscuir-nos na governação desses países, dizem vocês.
NÃO? JÁ NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE O FAZEM.

ACABEM COM OS MUROS.

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